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Cuiabá-MT

Mendes: “Vou tentar viabilizar, mas precisa haver dinheiro”


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O governador Mauro Mendes (DEM) afirmou que tenta viabilizar a conclusão das obras do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) em Cuiabá e Várzea Grande. Entretanto, disse esbarrar nas dificuldades financeiras do Estado.

Na semana passada, o democrata disse que decidirá o futuro do modal em até 30 dias. Isso porque o Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) decidiu manter a rescisão do contrato relativo ao modal de transporte.

“Estou focado nesse problema. É um problema seríssimo, gravíssimo. Não temos dinheiro hoje. Defender o VLT… Eu queria aqui o melhor transporte coletivo do mundo e vou tentar viabilizar. Mas para viabilizar, precisa de dinheiro”, disse, em conversa com a imprensa, na segunda-feira (17).

“De sonhos e de mentiras, todos nós estamos cheios. Não adianta mentir para a população, não adianta jogar para a galera. Esse tipo de político, que só fala e não faz, está aí os resultados, as consequências. Estou trabalhando para viabilizar. Estou trabalhando alternativas. E ao final espero ter algo concreto para ser apresentado para a sociedade”, acrescentou.

Mendes afirmou que em recentes viagens a Brasília tratou do modal durante reuniões com os ministros da Gestão Jair Bolsonaro (PSL).

De sonhos e de mentiras, todos nós estamos cheios. Não adianta mentir para a população, não adianta jogar para a galera

Disse que realiza um estudo sobre a viabilidade do VLT nas duas cidades. Segundo o próprio governador já divulgou, para manter a tarifa atual de ônibus, o Estado teria que desembolsar em torno de R$ 60 milhões a R$ 80 milhões ao ano como a estrutura.

“Estamos fazendo um estudo desde o início do ano. Eu já fiz várias reuniões em Brasília, nos Ministérios. Semana passada estive em Brasília, tive várias reuniões relevantes e importantes. Em breve, iremos decidir”, afirmou.

Rescisão

No início de junho, por 4 votos a 2, o Tribunal de Justiça manteve a rescisão do contrato entre o Governo e o Consórcio VLT. A decisão é da Turma de Câmaras Cíveis Reunidas de Direito Público e Coletivo.

O rompimento do contrato por parte do Governo foi anunciado em dezembro de 2017, sob alegação de que o Consórcio VLT não cumpriu com o previsto no contrato e pediu multa de R$ 147 milhões.

O Consórcio, por sua vez, alegou que a rescisão foi feita apenas com base em “fragmentos da delação do ex-governador Silval Barbosa, realizadas em fase de inquérito, sem qualquer materialidade”.

Em voto, o desembargador Márcio Vidal rebateu as alegações do consórcio, sobretudo porque, segundo ele, a publicação em Diário Oficial não se reporta a ciência do ato pelas interessadas, sendo esta realizada posteriormente.

Ainda segundo o magistrado, não há que se falar em qualquer irregularidade por parte do Estado, já que as empresas tiveram assegurado o direito ao contraditório.

O Consórcio VLT Cuiabá-Várzea Grande é formado pelas empresas Santa Bárbara, CR Almeida, CAF Brasil Indústria e Comércio, Magna Engenharia Ltda e Astep Engenharia Ltda.

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